Guppy

30 de nov. de 2010 09:37 Postado por Marcelo Duarte Ventura Melo 10 comentários

Ficha Prática do Guppy
Nome Popular: Guppy, Barrigudinho, Lebiste, Bandeirinha, Sarapintado, Peixe-Arco-Íris, Guaru-Guaru, Bobó, Rainbowfish, Missionaryfish, Millionenfisch, Buntfleckkaerpfling etc.
Nome Científico: Poecilia reticulata (Wilhelm C. H. Peters - 1859).
Origem: Norte da América do Sul e América Central.
Dimorfismo Sexual: Macho: Tem cores no corpo e nadadeiras. Sua nadadeira caudal costuma ser do mesmo tamanho do corpo. Pode chegar a medir 3 centímetros. Fêmea: Tem cores somente no pendúculo caudal e nadadeiras. Pode chegar a medir 5,6 cm
Temperatura: De 25°C a 30°C. De preferência 27°C.
Água: pH 7.0 a 7.2. dH 6 a 10.
Alimentação: Onívora - Tubifex, larvas de mosquito, drosófilas, artêmia salina, dáfnias, infusórios, microvermes, enquitréias, minhocas de jardim, patê etc.

Guppy

O Lebiste ou Guppy criado em cativeiro é provavelmente o peixe de aquário mais popular do mundo. Derivado da espécie selvagem Poecilia reticulata (originalmente da América do Sul/Central) ele é pequeno, lindo, pacífico, vivaz e geralmente resistente. Melhor ainda, há uma miríade de variantes coloridas que podem ser colecionadas e facilmente reproduzidas, por isso é uma das melhores escolhas para iniciantes no hobby, especialmente crianças.

Guppies são razoavelmente tolerantes às condições da água e muitos iniciantes conseguem mantê-los vivos por um ano ou dois sem fazer nenhum tipo de monitoramento, mas se você tentar manter um pH estável de neutro a levemente alcalino (7.0-7.5), temperatura estável em torno de 26-28°C, e uma boa rotina de manutenção, vai ter guppies mais coloridos, mais saudáveis e de vida mais longa (3-5 anos). Alimentar guppies é banal, eles estão sempre com fome e aceitam todos os tipos de comida, mas existem rações comerciais especializadas para favorecer o crescimento da cauda e a coloração.

Instalação: para cinco casais, aquário com capacidade para no mínimo 30 litros. Para cada casal a mais, aumentar a capacidade do aquário em três litros.

Equipamentos e acessórios: filtro, bomba de ar, iluminação fluorescente para aquário, termostato, cascalho de fundo e plantas. Evitar troncos naturais, pois acidificam a água.

Reprodução: por volta dos três meses, o Guppy já está apto à reprodução. Para acasalar, o macho persegue a fêmea, fica a seu lado e introduz o órgão sexual no dela. A fêmea de Guppy não coloca ovos e sim os próprios alevinos. A cria nasce em cerca de 28 dias. O número de alevinos nascidos pode superar 170. Os adultos, inclusive os próprios pais, comem os filhotes. Por isso, deve-se isolar a fêmea grávida em outro aquário, e repleto de plantas. A baixa profundidade da água é essencial para que os alevinos, ao nascerem, consigam chegar à superfície para se alimentar. Quanto à vegetação abundante, será o refúgio dos filhotes para não serem comidos. Quando todos eles nascerem, o que ocorre no máximo em 48 horas, deve-se retirar a mãe do aquário pois, se ela conseguir, os comerá. Opte por mantê-la sozinha durante alguns dias. Como fez muito esforço, está fragilizada. Pode adoecer e até morrer caso seja submetida a estresse, como a competição por alimento, que ocorre em um aquário comunitário. A seguir um vídeo mostrando como ocorre o nascimento dos filhotes.

Nascimento de guppys

                                                                                                                     http://www.youtube.com/watch?v=XqCzCRCMgyw.

Embrião Embrião de guppy

Cuidado com os filhotes: procure evitar mexer no aquário onde estarão os filhotes, pois o constante contato com o aquário poderá deixar os filhotes com estressado. Preferencialmente você deveria alimentar os filhotes com nauplios (filhotes) de artemias. Pode ser encontrado em uma loja de aquários um pote com os cistos (ovos) de artêmia e eclodir em casa mesmo. É bem simples. No link abaixo (da autoria de Fabio Osorio) tem toda a explicação (com fotos) de como é feito. Este é o melhor e mais completo alimento para alevinos. http://www.forumaquario.com.br/artemias/eclosao.htm. Também é possível encontrar rações próprias para filhotes que já vem em tamanho ideal para os filhotes de guppy consumirem, no entanto essa ração exige um cuidado especial devido a quantidade a ser dada. Lembrando que não pode sobrar alimento no aquário, e devido à ração ser em forma de pó isso se torna uma tarefa que exige muita atenção e paciência.

É uma espécie que vale a pena ser criada, devido à variedade de suas cores traz uma sensação de estar bem mais próximo à natureza, podendo ser observados desde o seu nascimento, reprodução e crescimento. Entendendo de perto essas fases aprendemos a respeitar mais o meio ambiente e temos a missão de repassar esse aprendizado melhorando assim o nosso convívio com a natureza.

Guppys

As informações retiradas para a construção dessa postagem podem ser encontradas em detalhes nos seguintes links: http://familiapet.uol.com.br/peixes/peixes/guppy_criar.htm

e http://www.aquahobby.com .

Primeiro Aquário

09:19 Postado por Marcelo Duarte Ventura Melo 1 comentários

Montagem do primeiro aquário

Devemos começar falando que após se adquirir um peixe você estará levando para casa um ser vivo que requer cuidados como qualquer outro animal de estimação, este é o primeiro passo para quem está começando no hobby, saber o tamanho da responsabilidade que se tem ao adquirir um peixe, pois afinal de contas estamos retirando o mesmo de seu habitat natural e o mínimo que podemos fazer é dar a ele uma qualidade de vida digna, por mais que se faça nunca será a mesma coisa que a natureza, então um lugar onde ele possa crescer a até quem sabe procriar é o mínimo que devemos fazer. Para tal devemos ter em mente que um aquário bem montando e estabilizado dificilmente trará problemas futuros, a menos que haja descuido do próprio aquarista.

Capacidade de água do aquário: Primeiramente deve-se conhecer a capacidade de água do aquário e isso pode ser calculado com a seguinte formula: largura X altura X comprimento, o resultado da multiplicação deve ser dividido por mil. Exemplo de como calcular a capacidade do aquário: 30 de largura, 30 de comprimento e 30 de altura (um aquário nessas medidas é chamado de aquário padrão) ao multiplicarmos esses valores teríamos um produto de 18000, em seguida fazendo uma divisão por mil teríamos um valor final igual a 18, ou seja, o aquário teria em sua capacidade 18 litros. Essa medida é importante devido ao uso de produtos que são inseridos na água, exemplo disso são os medicamentos para peixes e plantas.

Filtro: É o equipamento mais importante, pois é ele que realiza a filtragem mecânica, química e biológica do aquário. Estes têm que ser bem escolhido, dê preferência para filtros que caibam uma boa quantidade de materiais filtrantes, ou, se preferir, pode-se montar um, o recomendado é que o filtro circule no mínimo cinco vezes o volume de água do aquário. Esqueça o uso do famoso filtro biológico de fundo, ou aquelas placas pretas sob o cascalho, com o passar do tempo ele passa a ser mais um causador de problemas do que propriamente um filtro biológico, este é um equipamento ultrapassado no aquarismo, e mesmo que ainda haja pessoas que defendam seu uso (principalmente vendedores mal informados) é um método que deve ser definitivamente descartado.

Os materiais filtrantes que se costumam usar nos filtros são os seguintes:
- Perlon. Onde ficam retidas as partículas em suspensão na água, realizando assim a filtragem mecânica.

- Cerâmica. É onde vai ficar a grande concentração da colônia de bactérias, realizando a filtragem biológica, muito importante. Também pode-se usar outros tipos de materiais não tão comuns como fibras para fixação de bactérias.

- Carvão Ativado: É onde será feita a filtragem química da água, algumas pessoas utilizam removedores de amônia, de fosfatos, de nitratos etc, mas o mais comum é o carvão ativo. Em aquários bem montados, essa filtragem pode ser dispensada.

Uma recomendação muito importante é de nunca desligar o filtro, lembre-se que a sua colônia de bactérias só pode ficar algumas horas sem oxigenação, muito tempo sem oxigênio tende a fragilizar e até matar toda à colônia. Vale lembrar que nunca se deve deixar seu filtro ligado sem água dentro, pois ele poderá queimar por superaquecimento.

 filtro Filtro externo ideal para aquários de água doce

Aquecedor com termostato: Indispensável para quem mora em regiões onde a temperatura costuma cair bastante, principalmente à noite. Este nada mais faz do que manter a água do aquário em uma temperatura constante, por exemplo, se você regular ele em 25º e a temperatura da água cair para 24º ele aciona sozinho e faz a água voltar para os 25º. Mudanças muito bruscas de temperatura serão prejudiciais para os peixes, por isso a necessidade do uso deste equipamento. Mesmo assim é recomendado o uso de um termômetro para acompanhar a temperatura em caso de uma possível “pane” do termostato. O ideal é que a temperatura fique entre 23º a 27ºC, esse é o recomendado, mas claro que varia de espécie para espécie. Dê uma pesquisada sobre a espécie que vai adquirir e veja a temperatura recomendada para a mesma, mas já adiantando, nunca deixe a temperatura acima dos 30ºC e nem abaixo dos 20ºC para peixes tropicais. Faça a escolha do aquecedor seguindo a formula de 1Watt/litro, por exemplo, se seu aquário tiver 80 litros escolha um aquecedor de 80W ou o valor mais próximo disso. Você nunca deve ligar o aquecedor fora do aquário e mesmo se estiver no aquário o recomendado é que se tire da tomada e deixe esfriar com a temperatura da água para somente depois retirá-lo. O choque térmico pode causar a quebra do vidro de proteção do equipamento.

 termostato Regula a temperatura automaticamente facilitando trabalho do aquarista.

Comprando os peixes: Quando for comprar os peixes, dê preferência para aqueles que tem uma coloração normal, nem muito claro, nem muitos escuros, se algum deles estiver com um comportamento diferente dos demais como estar quieto no fundo, ou nadando na superfície, exceto para espécies com esses hábitos, não o leve, pois certamente este peixe está com algum problema. Algumas espécies somente com o passar do dedo no aquário acompanham seu dedo achando que vão ganhar comida. Dê preferência para lojas com boa reputação, nessas lojas os peixes costumam ter um tratamento melhor, e conseqüentemente são mais saudáveis. Tenha cuidado ao adquirir seus peixes para ver se são compatíveis entre si (isso inclui principalmente ao fator do pH) e se vão se adaptar com o tamanho do seu aquário, pois um dos maiores mitos do nosso hobby é exatamente este, “quanto maior o aquário mais os peixes crescem” isso é história de gente desinformada, um peixe irá crescer independentemente do tamanho do aquário, e se colocado em um aquário menor do que o recomendado pode sofrer de graves problemas como um estresse constante, atrofiamento até morte.
Não compre peixes além do que o seu aquário comporta, dê uma boa pesquisada em quais/quantos peixes você poderá colocar no seu aquário, pois ao contrário você terá problemas como um nível muito alto de amônia que é um composto extremamente tóxico para os peixes, podendo levá-los a morte. Alguns dos peixes mais comuns de se encontrar  em lojas de aquários. 

Auratus Socolofi Betta Tetra Negro Molinesia Platy Colisa Neon Coridora

Introduzindo os peixes no aquário: Para isto, o aquário deve estar devidamente ciclado (aquário deve permanecer com todos os equipamentos em funcionamento mas sem a presença de peixes) e adaptado para receber seus novos habitantes. Nunca monte um aquário e logo em seguida coloque os peixes, o período que se leva para ciclar o aquário, geralmente é de 30 a 40 dias. Neste período deve-se acompanhar os níveis de amônia, nitritos e nitratos que devem aumentar. Quando a amônia e nitrito caírem a zero depois de terem subido, aí sim, o aquário está pronto para receber os habitantes, mas cuidado, os peixes devem ser colocados aos poucos para que a colônia de bactérias se adeque ao aumento da carga biológica. Quando for colocar os peixes no aquário deixe o saquinho boiando na água por uns 15 minutos para os peixes se adaptarem à temperatura do aquário, após, coloque um pouco da água do aquário no saquinho. Faça isso em intervalos de 5 minutos até completar 15 minutos, isso se faz para os peixes irem se acostumando com os fatores químicos da água do aquário, após este procedimento pode-se então colocar os peixes. Não coloque a água do saquinho no aquário, jogue esta água fora. Não se assuste se no início os peixes ficarem quietos no fundo ou se escondendo, ou então não se alimentarem, pois é normal que fiquem assim devido à mudança, eles podem também perder sua coloração, mas após terem se adaptado ao aquário recuperam sua cor normal.
Alimentação: Um dos problemas dos iniciantes é o excesso de comida, quando for alimentar seus peixes coloque pouca comida o suficiente para ser consumido em até 5 minutos, espere-os comer o que foi dado, após, coloque mais um pouco, quando observar que a procura por comida diminuiu já estará na hora de parar de alimentá-los. Fazendo este procedimento evita-se restos de comida na água o que resultaria em matéria orgânica em excesso, algas, turvamento da água etc.

Procure variar a alimentação dos peixes, comprando diferentes alimentos, não se limite a dar sempre a mesma ração, peixes comem praticamente de tudo, então, a necessidade de variar a alimentação. Procure oferecer para os peixes rações de boa qualidade, procure também oferecer-lhes alimentos vivos uma vez por semana como artêmias, pois são ótimas para complementar sua dieta. Saiba também que os peixes no calor costumam comer mais. Nunca alimente seus peixes à noite com as lâmpadas apagadas, a não ser com rações específicas no caso da manutenção de peixes de fundo. Procure assim como as luzes, definir um horário fixo para alimentar seus peixes, alimentá-los de duas a três vezes por dia já está ótimo. Cuidado para não deixar o pote de comida aberto ou perto do calor das lâmpadas. Saiba também que um alimento velho perde suas características nutritivas, então, sempre quando for comprar uma ração observe a data de fabricação, caso esteja velha, descarte sua compra. Não dê para seus peixes rações de má qualidade, migalhas de pão ou bolachas.

Manutenção: Outro fator muito importante para se obter sucesso com um aquário. As manutenções devem ser seguidas à risca principalmente em aquários pequenos e é ai que entra mais um dos mitos do hobby “aquário pequeno dá menos trabalho que um grande”, isso está extremamente errado, um aquário grande é muito mais estável que um aquário pequeno. Em um aquário pequeno os fatores de química/temperatura da água tendem a variar muito, então, não se deixe enganar, um aquário grande dá menos trabalho que um pequeno e as chances de se obter sucesso com um aquário grande é muito maior que um de pequeno porte.

Como os fatores da água tendem a variar, principalmente em aquários pequenos deve-se sempre ter em mãos alguns testes, principalmente testes de amônia, nitrito e pH, e estes devem ser observados constantemente. Outro produto que se deve ter em mãos é o anti-cloro, pois muita gente perde seus peixes por não saberem que não se pode colocar água da torneira no aquário sem antes eliminar o cloro existente na água, se caso usar condicionadores de água o uso do anticloro torna-se desnecessário, pois além de neutralizar os metais pesados também elimina o cloro e outros compostos nocivos.

Faça tpas (trocas parciais de água) semanais sifonando bem o fundo do aquário. Isto serve para retirar todo o acúmulo de matéria orgânica que fica no substrato, troque de 30% a 40%, repondo com água nos mesmos parâmetros de pH e temperatura da água do aquário, preferencialmente uma água tratada com condicionadores e descansada. Em aquários grandes pode-se fazer esse procedimento de 15 em 15 dias.

NUNCA, mas NUNCA mesmo deve-se lavar o aquário, no momento em que está se fazendo isto se quebra todo o ciclo que se criou dentro do aquário matando toda a sua colônia de bactérias e voltando-se a estaca zero.  Lembre-se também de manter seu filtro sempre limpo e trocar os elementos filtrantes sempre que necessário, mas nunca troque os elementos da filtragem biológica, esta deve ser somente lavada com a própria água do aquário e sem esfregar muito.

imagem

A matéria completa pode ser acessada pelo link a seguir: http://www.aquaonline.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1802%3Aprimeiro-aquo-vamos-montar-o-nosso&catid=13%3Aaquarismo-doce-o-bco&Itemid=45

29 de nov. de 2010 12:42 Postado por lucas master 8 comentários

A scibling GrrlScientist colocou em seu blog um vídeo impressionante de um louva-deus atacando um beija-flor perto de uma destas garrafinhas de água com açúcar.

o video pode ser visto no link a cima realmente muito legal.

Como é possível ver no vídeo, o pequeno louva-deus consegue segurar um beija-flor que conseguiu escapar no final. O vídeo tem feito muito sucesso, chegou a ser mencionado no überblog Boing Boing.

Apesar da bizarrice da situação, aparentemente ataques de louva-deuses a beija-flores não é um evento tão raro assim. Só no Google há mais de 6o mil menções a histórias semelhantes. Em algumas delas, o louva-deus é bem sucedido.

Na continuação do texto, há fotos chocantes de um louva-deus comendo um beija-flor além de outros relatos de artrópodes atacando vertebrados.

Nestas duas fotos temos mais um louva-deus que aproveitou as garrafinhas para beija-flor para preparar uma emboscada. Louva-deuses constumam ficar perto de flores com néctar açucarado para pegar insetos atraídos pela flor. Eventualmente ele acaba pegando uma presa maior. As garrafinhas, que atraem muitos beija-flores é tudo que estes vorazes predadores pediram a deus.

louvadeus_ave01.jpg

louvadeus_ave02.jpg como vocês podem ver um louvadeus tem força suficiente para capturar um beija-flor, com o dobro de seu peso, tamanha força muscular somente é possivel devido ao exo-esqueleto ,caracteristico dos artópodes, que oferece uma grande área de apoio para os músculos muito maior que o endo-esqueleto dos vertebrados, no mesmo link estão videos de louva-deuses predando pequenas cóbras, isso mostra a voracidade desse "mini-monstro".

Ecologia

22 de nov. de 2010 17:47 Postado por Laíris Cunha 3 comentários

A Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente, teve origem na palavra grega “oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. O meio ambiente inclui não só os fatores abióticos como o clima e a geologia, mas também os seres vivos, as comunidades que habitam um determinado biótopo e os respetivos fatores bióticos.
O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução levando, por vezes, ao territorialismo mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente a sua qualidade determina o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat.
As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema incluem a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o parasitismo, por isso que os seres vivos alteram constantemente o ambiente em que vivem.
Por simples fatores econômicos, muitas vezes deixamos de lado o meio ambiente e tudo que nele se insere, esquecendo da biosfera e do ecossitema em que encontramos, por um único e simples motivo: a produção de bens de consumo sofisticados e ilimitados, sustentando a sociedade capitalista do século XXI.

Expansão da sojicultura e a destruição da biodiversidade do Cerrado

11 de nov. de 2010 13:45 Postado por José Eduardo 1 comentários

Com 196.776.853 hectares, o que corresponde a aproximadamente dois milhões de km2 ou 23% do território brasileiro, o cerrado é o segundo maior bioma do Brasil sendo sua área original superada apenas pela Floresta Amazônica. A região do cerrado encontra-se distribuída, em sua maior parte, ao longo do Planalto Central brasileiro. Sua cobertura estende-se pelos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Piauí, Paraná, Pará e Rondônia, além do Distrito Federal.



Na região existem mais de 10.000 espécies vegetais, uma grande variedade de vertebrados terrestres e aquáticos e um elevado número de invertebrados. Espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta e o cachorro-do-mato-vinagre, entre muitas outras, ainda têm populações significativas no Cerrado, reafirmando sua importância como ambiente natural.

Porém tal bioma vem sendo fortemente afetado pela expansão das fronteiras agrícolas no Brasil (terceiro maior exportador agrícola do mundo,segundo OMC) principalmente pela soja, que atualmente faz do Brasil o segundo maior prudutor de tal grão no mundo.

Segundo o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, 48,2% dos 2.039.386 km² de todo o cerrado já viraram plantações de grãos, cana, carvão ou pasto.

Mas também não podemos nos esquecer da imensa importância do agronegócio para a base econômica do país, que, segundo dados do Ministério de Agricultura de 2005, o agronegócio brasileiro foi responsável por 27,9% do PIB nacional,36,9% das exportações e 37% dos empregos.


Desta forma, em um cenário nacional e internacional propício à concessão de incentivos para a expansão agropecuária, estima-se que no curto e médio prazo as áreas do cerrado que ainda encontram-se relativamente preservadas possam vir a ser rapidamente ocupadas por monoculturas ou por atividades inter-relacionadas. O desenvolvimento agrícola deve ocorrer! No entanto, o seu comprometimento com a sustentabilidade faz-se fundamental por se tratar de uma das biodiversidades mais ricas do planeta, um bioma com grande potencial de ser utilizado de forma sustentável e produzir insumos com alto valor agregado garantindo, assim, sua exploração racional e a certeza de que as gerações futuras terão acesso a uma riqueza natural imensurável.

Uma forma de minimizar tal destruição é intercalando-se o cultivo da soja em pastagens existentes com a criação de gado, em lugar de se converter em novas áreas agrícolas as florestas e cerrados que ainda estão em pé e constituem um valioso habitat natural.

Porém a falta de políticas estatais que promovam a implementação da legislação ambiental, gestão dos recursos naturais e criação de novas Unidades de Conservação (UCs) e corredores ecológicos que contemplem a preservação das áreas de cerrado ainda nativas e de sua biodiversidade.

Texto baseado: Artigo Impactos da sojicultura de exportação sobre a biodiversidade do Cerrado por Fábio Albergaria de Queiroz- Doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília; reportagem Folha de São Paulo; Ministério da Agricultura e pesquisas WWF.






Ser Biólogo...

13:40 Postado por José Eduardo 4 comentários

Biólogos estudam todos os organismos vivos. Investigam aspectos como origem dos seres, estruturas, funções, distribuição das espécies sobre a superfície terrestre, processos de reprodução e relação com o meio ambiente. Analisam seres nos seus vários níveis de organização: desde genes, células e órgãos, até as populações de plantas e animais e a estrutura dos ecossistemas. Os biólogos são profissionais que, através do estudo do meio ambiente, promovem o desenvolvimento sustentável, ou seja, a manutenção dos recursos naturais, mas que permite o crescimento da economia.







" JURO, PELA MINHA FÉ E MINHA HONRA E DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS ÉTICOS DO BIÓLOGO, EXERCER MINHAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS COM HONESTIDADE EM DEFESA DA VIDA ESTIMULANDO O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO, TECNOLÓGICO E HUMANÍSTICO COM JUSTIÇA E PAZ"

A Fauna na Serra do Ibitipoca

10:48 Postado por Laíris Cunha Campos 1 comentários


A área do Parque do Ibitipoca apresenta uma diversidade bastante interessante de aves, que varia com os patamares de altitudes ocorrentes. Em um levantamento procedido pelo mencionado especialista foram identificadas 189 espécies de aves, com um total de 44 famílias(...)como por exemplo o pavó (Pyroderus scutatus), a águia-chilena (Geranoaetus melanoleucos), o açari-banana (Baillonius bailloni), o tucano-do-bico-verde (Ramphastus dicolorus), e o taperuçu (Cypseloides sp). Encontramos também em Ibitipoca animais como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), primatas como o bugio ou barbado(Allouatta fusca) e o saua (Cillicebus personatus).
passaroseaves.blogspot.com

Os exemplares da fauna da região se encontram em parte bem estudados na área do parque do Ibitipoca. Assim passa-se a identificar as principais características das aves, dos mamíferos e de outros animais existentes.
(...)Conforme artigo apresentado na revista Ciência Hoje o andorinhão de coleira falha é uma ave pouco conhecida no Brasil, de plumagem negra, mancha branca no peito, fronte e garganta esbranquiçadas, e uma coleira falha ao redor do pescoço. Insetívoro por excelência, o andorinhão voa a grandes altitudes durante todo o dia, recolhendo-se a tardinha em grutas, fendas e cavernas, onde passa a noite.(...)

Relato na Ciência Hoje:
Percorrendo a Serra do Ibitipoca, observamos ao entardecer, centenas de andorinhões voando em torno da gruta dos viajantes, uma formação rochosa quartzítica. Após alguns minutos de evolução e vôos razantes, os andorinhões começaram a penetrar no interior da gruta. Ali, graças a unhas fortes e finas, que tornam seus pés adaptados a pousos verticais, eles passam a noite agarrados às paredes da rocha, amontoados. As extremidades das penas da cauda também ajudam a ave a sustentar o peso do seu corpo; pontiagudas (em forma de espinho), elas se firmam nas saliências da superfície da rocha. Constatamos também que, de outubro a dezembro, a ave nidificava no interior da gruta, em locais de pouca luminosidade(...)
Entre os anfíbios, destaca-se a perereca Hyla ibitipoca, leva o nome da serra por ter sido descoberta no parque. No que se diz respeito aos répteis podemos citar a lagartixa-das-pedras (Tropidurus itamberé), que muda de cor para se confundir com o ambiente e não podemos deixar de destacar a Cascavel (Crotalus durissus), cobra venenosa em grande quantidade na região. Entre os insetos o que chama mais atenção é o gafanhoto brasileirinho, devido a sua coloração exótica. Recentemente, uma espécie de milhões de anos, que sobreviveu a mudanças climáticas, gelo e queimadas, foi encontrada acidentalmente, o Peripatus acacioi, um misto de inseto e minhoca, com pouco mais de 1,5 cm, tentáculos na cabeça e patas laterais. Especialistas qualificam a descoberta com a mesma importância de que achar um dinossauro vivo nos dias de hoje. Nas grutas além dos opiliões (espécie de aracnídeos), andoriões e morcegos são muito comuns.

Estes dados estão disponíveis na Fundação João Pinheiro – Plano Diretor de Conceição do Ibitipoca Dados de Novembro de 2000, publicado no site http://www.ibitipoca.tur.br/aspectos/fauna/