Com 196.776.853 hectares, o que corresponde a aproximadamente dois milhões de km2 ou 23% do território brasileiro, o cerrado é o segundo maior bioma do Brasil sendo sua área original superada apenas pela Floresta Amazônica. A região do cerrado encontra-se distribuída, em sua maior parte, ao longo do Planalto Central brasileiro. Sua cobertura estende-se pelos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Piauí, Paraná, Pará e Rondônia, além do Distrito Federal.
Na região existem mais de 10.000 espécies vegetais, uma grande variedade de vertebrados terrestres e aquáticos e um elevado número de invertebrados. Espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta e o cachorro-do-mato-vinagre, entre muitas outras, ainda têm populações significativas no Cerrado, reafirmando sua importância como ambiente natural.
Porém tal bioma vem sendo fortemente afetado pela expansão das fronteiras agrícolas no Brasil (terceiro maior exportador agrícola do mundo,segundo OMC) principalmente pela soja, que atualmente faz do Brasil o segundo maior prudutor de tal grão no mundo.
Segundo o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, 48,2% dos 2.039.386 km² de todo o cerrado já viraram plantações de grãos, cana, carvão ou pasto.
Desta forma, em um cenário nacional e internacional propício à concessão de incentivos para a expansão agropecuária, estima-se que no curto e médio prazo as áreas do cerrado que ainda encontram-se relativamente preservadas possam vir a ser rapidamente ocupadas por monoculturas ou por atividades inter-relacionadas. O desenvolvimento agrícola deve ocorrer! No entanto, o seu comprometimento com a sustentabilidade faz-se fundamental por se tratar de uma das biodiversidades mais ricas do planeta, um bioma com grande potencial de ser utilizado de forma sustentável e produzir insumos com alto valor agregado garantindo, assim, sua exploração racional e a certeza de que as gerações futuras terão acesso a uma riqueza natural imensurável.
Uma forma de minimizar tal destruição é intercalando-se o cultivo da soja em pastagens existentes com a criação de gado, em lugar de se converter em novas áreas agrícolas as florestas e cerrados que ainda estão em pé e constituem um valioso habitat natural.
Porém a falta de políticas estatais que promovam a implementação da legislação ambiental, gestão dos recursos naturais e criação de novas Unidades de Conservação (UCs) e corredores ecológicos que contemplem a preservação das áreas de cerrado ainda nativas e de sua biodiversidade.
Texto baseado: Artigo Impactos da sojicultura de exportação sobre a biodiversidade do Cerrado por Fábio Albergaria de Queiroz- Doutorando
3 de dezembro de 2010 às 10:52
O cerrado é uma área muito atrativa para agricultura, por ter várias planice e estar localizado em um ponto central do país. Porém quando a ordem é produzir, os grandes produtores não fazem um diagnóstico da fauna, flora e da grandiosidade hidrica e geológica do cerrado, deixando estes fatores em ultimo lugar, assim a cada dia que passa o bioma perde uma espécie, um área de preservação...
É preciso e extremamente possível produzir sem degradar o bioma cerrado.