A área do Parque do Ibitipoca apresenta uma diversidade bastante interessante de aves, que varia com os patamares de altitudes ocorrentes. Em um levantamento procedido pelo mencionado especialista foram identificadas 189 espécies de aves, com um total de 44 famílias(...)como por exemplo o pavó (Pyroderus scutatus), a águia-chilena (Geranoaetus melanoleucos), o açari-banana (Baillonius bailloni), o tucano-do-bico-verde (Ramphastus dicolorus), e o taperuçu (Cypseloides sp). Encontramos também em Ibitipoca animais como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), primatas como o bugio ou barbado(Allouatta fusca) e o saua (Cillicebus personatus).
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Os exemplares da fauna da região se encontram em parte bem estudados na área do parque do Ibitipoca. Assim passa-se a identificar as principais características das aves, dos mamíferos e de outros animais existentes.
(...)Conforme artigo apresentado na revista Ciência Hoje o andorinhão de coleira falha é uma ave pouco conhecida no Brasil, de plumagem negra, mancha branca no peito, fronte e garganta esbranquiçadas, e uma coleira falha ao redor do pescoço. Insetívoro por excelência, o andorinhão voa a grandes altitudes durante todo o dia, recolhendo-se a tardinha em grutas, fendas e cavernas, onde passa a noite.(...)
Relato na Ciência Hoje:
“Percorrendo a Serra do Ibitipoca, observamos ao entardecer, centenas de andorinhões voando em torno da gruta dos viajantes, uma formação rochosa quartzítica. Após alguns minutos de evolução e vôos razantes, os andorinhões começaram a penetrar no interior da gruta. Ali, graças a unhas fortes e finas, que tornam seus pés adaptados a pousos verticais, eles passam a noite agarrados às paredes da rocha, amontoados. As extremidades das penas da cauda também ajudam a ave a sustentar o peso do seu corpo; pontiagudas (em forma de espinho), elas se firmam nas saliências da superfície da rocha. Constatamos também que, de outubro a dezembro, a ave nidificava no interior da gruta, em locais de pouca luminosidade(...)
Entre os anfíbios, destaca-se a perereca Hyla ibitipoca, leva o nome da serra por ter sido descoberta no parque. No que se diz respeito aos répteis podemos citar a lagartixa-das-pedras (Tropidurus itamberé), que muda de cor para se confundir com o ambiente e não podemos deixar de destacar a Cascavel (Crotalus durissus), cobra venenosa em grande quantidade na região. Entre os insetos o que chama mais atenção é o gafanhoto brasileirinho, devido a sua coloração exótica. Recentemente, uma espécie de milhões de anos, que sobreviveu a mudanças climáticas, gelo e queimadas, foi encontrada acidentalmente, o Peripatus acacioi, um misto de inseto e minhoca, com pouco mais de 1,5 cm, tentáculos na cabeça e patas laterais. Especialistas qualificam a descoberta com a mesma importância de que achar um dinossauro vivo nos dias de hoje. Nas grutas além dos opiliões (espécie de aracnídeos), andoriões e morcegos são muito comuns.
Estes dados estão disponíveis na Fundação João Pinheiro – Plano Diretor de Conceição do Ibitipoca Dados de Novembro de 2000, publicado no site http://www.ibitipoca.tur.br/aspectos/fauna/
2 de dezembro de 2010 às 22:03
muito interessante a adaptação dos andorinhões para viverem num ambiente pouco usado por pássaros..só faltou um registro de imagem! ;)